Os especialistas da Digital Foundry publicaram seu episódio semanal de podcast e comentaram sobre as possibilidades de uso do DLSS no Nintendo Switch 2. Apesar do auxílio do DLSS, nem sempre o console deve mirar em uma exibição final para 4K no modo Docked, ou mesmo para 1080p no modo portátil.
Os especialistas da Digital Foundry apontam que, devido às limitações do hardware móvel, as resoluções finais podem variar significativamente dependendo do tipo de jogo e das configurações empregadas, não apenas as resoluções nativas.
A tecnologia DLSS, que usa inteligência artificial para reconstruir imagens em resoluções mais altas, exige recursos computacionais proporcionais ao nível da resolução saída desejado. Em modo portátil, muitos jogos podem optar por resoluções nativas como 720p ou 900p, para reduzir o custo do upscaling.
Títulos originalmente projetados para PlayStation 4 e Xbox One, por exemplo, poderiam alcançar resoluções de 900p a 1080p no modo portátil e até 1440p no modo dock.
Acho que veremos muito DLSS, mas também acho que veremos muito DLSS que não vai para a resolução nativa do painel de 1080p da tela do Switch e, provavelmente, não vai para a resolução nativa de 4K que esse dispositivo terá como alvo quando conectado a TVs 4K
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Já para jogos da geração atual, especialmente aqueles baseados no Unreal Engine 5, a situação pode ser mais complexa.
Resoluções nativas muito baixas tendem a causar artefatos visuais, como ruído em sistemas de iluminação como Lumen. Assim, desenvolvedores podem priorizar resoluções internas mais altas, sacrificando a resolução final ou ajustando significativamente os gráficos.
O impacto do DLSS na experiência gráfica do Nintendo Switch 2
Jogos de estúdios da própria Nintendo podem seguir outra abordagem, equilibrando resoluções um pouco mais altas com conteúdos visuais mais simples.
Essa estratégia se alinha ao histórico da empresa de focar na acessibilidade e em custos de desenvolvimento mais baixos.
Provavelmente, eles também poderiam usar uma resolução intermediária, como 900, e ainda assim ficaria muito bom. Sim, portanto, há muita flexibilidade no modo portátil. As partes do pipeline em que ele não se beneficia bem, como o pós-processamento, tende a ser na resolução nativa. Isso pode ser um pouco problemático. Teremos que esperar para ver.
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Embora detalhes sobre o chip NVIDIA usado no Switch 2 sejam escassos, rumores indicam que ele terá maior largura de banda em relação ao modelo atual.
Além disso, é possível que uma versão personalizada e mais leve do DLSS seja implementada, similar ao que ocorreu com a versão leve do AMD FSR 2 no port de No Man’s Sky para o Switch original.
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Acho que a questão será, e sempre vai se resumir a isso, o custo do DLSS, especialmente no modo Dock. Pode haver limitações, a menos, é claro, que a NVIDIA tenha desenvolvido um DLSS leve, o que não está além das possibilidades. (…) Mas acho que o DLSS será usado de forma consistente simplesmente porque as exigências dos jogos estão cada vez maiores.Digital Foundry
Mais informações sobre o Nintendo Switch 2 devem surgir ano que vem, com isso mais especulações e até confirmações de tecnologias e como elas serão usadas para entregar a experiência em jogos tanto da própria Nintendo quanto de terceiras.
Sumário
Fonte: Digital Foundry.