Educador financeiro destaca que a cripto teve teve dois grandes momentos em 2024: a eleição de Trump nos EUA e o halving
Bruno Perini não tem dúvida que 2025 será “muito bom” para o Bitcoin. “A gente pode começar a ver um novo ciclo”, afirma. “O primeiro (ciclo) foi com o pessoal do cypherpunks (ativistas digitais). Depois, foi um pessoal mais nerd de internet”, comenta ele, sobre os ciclos até agora da criptomoeda.
“Teve o ingresso das pessoas físicas e, agora (em 2025), o institucional e os soberanos (reservas internacionais de países) estão entrando para comprar Bitcoin”, complementa.
O sócio do Grupo Primo, especialista em investimentos e educador financeiro, Bruno Perini, participou do episódio 266 do programa Stock Pickers, com apresentação de Lucas Collazo e Henrique Esteter. Ele está lançando seu primeiro livro intitulado “Em Nome do Povo: Como o Casamento Entre Estado e Moeda te Deixa Mais Pobre”.
Moeda digital relevante
Perini afirma que o Bitcoin teve dois grandes e importantes momentos em 2024. Um foi com a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e o outro, o halving, evento realizado a cada quatro anos, programado na blockchain do Bitcoin, que reduz a nova emissão da criptomoeda pela metade, movimento que costuma valorizar a moeda digital.
“Pela primeira vez, a gente vai ver o Bitcoin numa situação em que, em vez de ser combatido por países, pode ser adotado como algo relevante.”— Bruno Perini, educador financeiro
Ele cita Trump, que defendeu o uso da criptomoeda nos EUA, inclusive como reserva de valor.
“Tem que ver se ele realmente coloca em prática ou se foi somente retórica eleitoral o fato de que ele quer uma reserva estratégica de Bitcoin nos Estados Unidos, incentivando as pessoas, inclusive, a não venderem o Bitcoin, falando que o direito de autocustódia seria preservado”, comenta.
Ano positivo
O especialista crê até que o apoio do republicano ao Bitcoin lhe trouxe muitos votos. “A prova disso é o tanto que o Bitcoin andou após a eleição do Trump”, afirma. “Foi um movimento de apreciação muito grande”, acrescenta.
Ele crê que em 2025 será muito positivo para o Bitcoin e o incentivo do uso da moeda digital nos Estados Unidos pode fazê-la ganhar relevância em outros países. Ele compara o Bitcoin ao ouro como reserva de valor, mas vê o metal com liquidação entre países mais complexa.
“O Bitcoin em termos temporais ganhou muito valor com o passar do tempo, e em termos espaciais as transferências são muito simples”, destaca.